21 de junho de 2016

KUAN YIN - A Deusa da Compaixão




Na mitologia chinesa, Kuan Yin 观世音菩萨  é conhecida como a Deusa da Compaixão e da Misericórdia. Ela existiu como pessoa, igual a todos nós e somente depois de sua morte foi transformada em Deusa. Também conhecida como Quan'Am (no Vietnã), Kannon (no Japão), e Kanin (em Bali). Ela cobre as planícies alagadas do Oriente, do Egito à China. E é venerada em todo o mundo por milhões de pessoas, que a consideram o símbolo máximo da pureza espiritual.

Esta Deusa enquanto viveu, percorreu o mundo, viu muita dor e então, jurou proteger e amparar todos os humanos até que o último sofrimento acabe. A MESTRA KUAN YIN TORNOU-SE A INCORPORAÇÃO DA COMPAIXÃO. Ela nos diz que se você cantar seu mantra diariamente, cultivará a compaixão que curará o mundo das mais dolorosas feridas.

Kuan Yin, cujo nome significa "aquela que ouve os lamentos do mundo" é boddhisatva da Compaixão no budismo chinês. Ela vive em uma ilha paradisíaca de P'u T'o Shan, onde ouve todas nossas preces. Todos que trabalham com sua energia, sabem o quanto ela é doce e sutil, mas também o quanto é poderosa. Somente a menção de Seu Nome alivia o sofrimento e as dificuldades. Mesmo tendo alcançado a iluminação, Ela optou por permanecer no mundo dos homens.


Kuan Yin é representada com um dragão, pois ele é o símbolo mais antigo da alta espiritualidade, a sabedoria, a força e os poderes divinos de transformação.

Algumas vezes, Kuan Yin é representada como uma figura muito armada, tendo em cada mão um símbolo cósmico diferente ou expressando uma posição ritual específica (mudras). Isto caracteriza a Deusa como a fonte e alimento de todas as coisas. As mãos dela formam freqüentemente o Yoni Mudra, simbolizando o útero como a porta para entrada para este mundo pelo princípio feminino universal.

Outras vezes, Kuan Yin é representada sentada sobre uma flor de lótus. Nas pinturas dos artistas tibetanos, linhagens de Budas e homens santos também aparecem flutuando sobre flores de lótus - uma representação dos tronos da suprema espiritualidade. Nas escrituras budistas do Tibet, conta-se que o pequeno Buda já podia andar ao nascer e que, a cada passo, brotavam flores de lótus de suas pegadas - um sinal de sua origem divina. Hoje, muitos monges e fiéis dessa religião visualizam essa mesma cena enquanto caminham, imaginando que flores de lótus surgem debaixo de seus pés. Com essa prática meditativa, acreditam eles, estariam espalhando o amor e a compaixão de Buda simbolizados pela flor.

Na teologia Budista Kuan Yin é algumas vezes representada como capitã do "Barco da Salvação", guiando as almas ao Paraíso Oeste de Amitabha, a Terra Pura, a terra das bençãos, onde as almas podem renascer para continuar recebendo instruções até alcançar a iluminação e a perfeição.
Fonte: http://anjodeluz.net/KuanYin.htm

Adaptação: Espaço Kuan Yin

Viver no Mundo sem ser do Mundo


Frase que dá título a este artigo é de autoria de Cairbar Schutel e consta do livro de sua autoria, Parábolas e Ensino de Jesus.
Estudando sobre a vida na Terra e a vida eterna, o autor ensina que “o escopo da vida na Terra é o aperfeiçoamento do espírito. Aquele que assim compreende, eleva-se, dignifica-se, e, livre dos entraves materiais, sobe às alturas inacessíveis ao sofrimento, alcançando a felicidade eterna”.
No entanto, são poucos, muitos poucos, os que têm essa compreensão e que desde logo procuram aproveitar a oportunidade que a presente existência nos oferece para realizar, com verdade e denodo, a transformação moral, objetivo principal da vida terrena.
Todos nascemos e renascemos em obediência ao comando divino chamado Lei do Progresso. Por conseguinte, “não estamos aqui para derrotas, mas para sermos vitoriosos”, conforme feliz afirmação da pedagoga Heloísa Pires.
De fato, todos aqueles que se dispõem a trabalhar no terreno do bem, perseguindo, incansavelmente, em cada gesto, a renovação e a reforma íntima, conseguirão dar largos passos no caminho traçado por Deus. Eis a fórmula da felicidade, tendo em conta que, na esteira do que ensinou Jesus, “a cada um será dado segundo suas obras”.
Acontece, porém, que a grande maioria da humanidade não procura conhecer as verdades contidas nas lições constantes que a vida nos oferece. Lançam as suas preocupações e os seus esforços para amealhar as efêmeras alegrias do mundo. Acumulam tesouros em local errado, como diria o Mestre, onde não há sorriso que não comporte a herança de uma lágrima, nem gozo material satisfeito que não recaia no enfado, no fastio. Mas o destino do espírito não é se enfastiar, nem tombar exausto no abismo da saciedade. O corpo, esse poderá saciar-se, mas o espírito não se aquieta enquanto sedento de luz, faminto de justiça e de saber, ansioso por conquistar a felicidade que não passa.
As festas dos prazeres materiais, que privilegiam os sentidos, levam o homem a uma felicidade fictícia, irreal, as quais, em contradição com as suas aparências, são muito tristes. Quantas responsabilidades contraem os que navegam sem bússola nos mares do gozo! Quanta degradação! Quanta obcecação! Pobres aqueles que buscam flores onde só se pode encontrar espinhos.
O espiritismo não condena o gozo. Embora estejamos sujeitos a expiações e provas, das quais necessitamos e com as quais nos comprometemos, Deus quer que sejamos felizes. Mas esse gozo deve ser racional, belo. Não se confunde com a concupiscência, com a irresponsabilidade, com a leviandade de quem só conhece direitos e não enxerga obrigações.
Todos necessitamos almejar uma vida melhor, usufruindo os bens que a Terra nos oferece. Mas para isso exige-se discernimento, sabedoria. Quem opta por degradantes deslizes, certamente colherá conseqüências que nos serão cobradas na volta para o mundo espiritual, nossa verdadeira morada e, ainda, em novas reencarnações aqui ou em outros mundos para onde seremos levados pela Lei de Afinidade.
Os que reconhecem seus erros, os arrependidos e submissos, precisam tomar o caminho de volta à “Casa Paterna”, como ensina Jesus através da parábola do filho pródigo. Este retorno representa o reinício de uma nova vida, preparando-se para a viagem que todos teremos que fazer através do fenômeno morte ou desencarnação, como leciona o espiritismo.
Na mesma trilha, ainda lembramos as palavras de Cairbar Schutel: “Quem luta pelo seu aperfeiçoamento no campo do saber e do amor, eleva-se, dignifica-se, e, livre dos entraves materiais, sobe às alturas inacessíveis ao sofrimento, alcançando, dessa forma e só assim, a felicidade real, tão desejada por todos. Aquele que não quer compreender rebaixa-se, desmoraliza-se, e, absorvido pelas paixões, desce às voragens da dor, para expiar e reparar as faltas, as transgressões das leis divinas. (…) A vida na Terra, para os que acumulam tesouros nos Céus, é a senda luminosa que liga a Terra aos Céus, é a estrada comunicativa que lhes permite a passagem para se apossarem desse tesouro. Os que vivem na Terra pela Terra, são da Terra; os que vivem na Terra sem serem da Terra, são dos Céus. A vida na Terra é efêmera; a Vida nos Céus é eterna, e a posse da Vida Eterna consiste no cumprimento da Lei: ‘Buscai o Reino de Deus e a sua justiça, que tudo o mais vos será dado por acréscimo’, como nos ensinou Jesus”
Autor: Édo Mariani
Jornal “O Espírita Fluminense”
Instituto Espírita Bezerra de Menezes – IEBM – Niterói – RJ
Janeiro/Fevereiro 2010