20 de abril de 2013

Documentos secretos sobre Ovnis serão abertos em junho, diz Defesa



Decisão foi tomada após reunião entre ministério e comissão de ufólogos.
Registros sobre luzes incomuns nos anos 1970 serão disponibilizados.

Cíntia AcayabaDo G1, em Brasília
O Ministério da Defesa vai liberar para consulta pública em junho documentos classificados como "secretos" ou "ultrasecretos" que envolvem Objetos Voadores Não Identificados (Ovnis), informou ao G1 o coronel Alexandre Spengler, coordenador do Serviço de Informação ao Cidadão da pasta.
Segundo ele, entre os documentos que serão disponibilizados estão os da Operação Prato, da Força Aérea Brasileira, classificados como "ultrassecretos". A operação, realizada entre 1977 e 1978, verificou a ocorrência de luzes na região da cidade de Colares, no Pará. Entre os documentos, há relatos de pilotos da FAB sobre as luzes e fotos de radar.
Reunião no Ministério da Defesa entre militares e integrantes de comissões de ufólogos (Foto: Divulgação / Ministério da Defesa)Reunião no Ministério da Defesa entre militares e integrantes de comissões de ufólogos (Foto: Divulgação / Ministério da Defesa)
A decisão de divulgar os documentos foi tomada após reunião realizada nesta quinta-feira (18) entre a representantes do Ministério da Defesa e integrantes da Comissão Brasileira de Ufólogos. “É a primeira vez que um Ministério da Defesa de um país senta-se à mesa com ufólogos”, afirmou Ademar Gevaerd, presidente da Comissão Brasileira de Ufólogos.
Segundo Gevaerd, cerca de mil pessoas da região de Colares foram afetadas pelas luzes, das quais 400 tiveram que passar por tratamento e quatro morreram.
“Se efetivamente, a Defesa entregar todos os seus arquivos, nós vamos ter ainda mais subsídios para conhecer esse fenômeno e mostrar à sociedade o que aconteceu”, disse.
De acordo com o coronel Alexandre Spengler, desde a regulamentação da Lei de Acesso à Informação, em maio de 2012, a Defesa recebeu 107 pedidos de entidades ligadas à ufologia para a divulgação de documentos – 65 para a Força Aérea Brasileira, 26 para o Exército, nove para a Marinha, cinco para a adminisitração central do ministério e dois para a Escola Superior de Guerra.
Desses 107, 26 foram atendidos e o restante foi indeferido porque se alegou que já estavam disponíveis no Arquivo Nacional, porque não existiam ou porque eram considerados secretos.
A Lei de Acesso à Informação prevê que todos os órgãos revisem seus documentos secretos para verificar a possibilidade de abri-los até junho de 2014. “A Defesa vai se antecipar e abrir documentos secretos em junho deste ano”, disse Spengler.
Segundo o coronel, o Exército afirmou que não tem documentos sobre o evento conhecido como "ET de Varginha", em 1996 em Minas Gerais, porque se extraviaram ou foram destruídos, como é previsto em lei.

9 de abril de 2013

Estudo comprova autenticidade do controverso Evangelho de Judas



Texto sugere que foi Jesus quem pediu para que Judas, seu amigo, o traísse

Texto apócrifo afirma que apóstolo não traiu Cristo; autenticidade da tinta foi comprovada Foto: AP
Texto apócrifo afirma que apóstolo não traiu Cristo; autenticidade da tinta foi comprovada
Foto: AP
Um cientista que ajudou a verificar a autenticidade do controverso Evangelho de Judas revelou na segunda-feira que um antigo certificado de casamento egípcio teve um papel fundamental na confirmação da veracidade das tintas utilizadas no texto apócrifo. A descoberta, que expõe os intensos esforços destinados a validar o evangelho, foi exposta ontem em um encontro da Sociedade Química dos Estados Unidos em Nova Orleans.
"Se não tivéssemos encontrado um estudo do (Museu do) Louvre sobre contratos de casamento e aquisição de terras no Egito, que eram do mesmo período e continham tinta similar à utilizada no Evangelho de Judas, teria sido muito mais difícil discernir se o evangelho é autêntico ou não", afirmou  Joseph G. Barabe, um dos responsáveis pelo projeto. Ele coordenou uma equipe de cinco cientistas que trabalharam no projeto fazendo análises microscópicas. "Esse estudo foi a peça-chave de evidência que nos convenceu de que a tinta do evangelho é provavelmente verdadeira."

Essa pesquisa é parte de um esforço multidisciplinar organizado em 2006 pela Sociedade Geográfica Nacional americana para autenticar o Evangelho de Judas, descoberto no final da década de 1970, após 1,7 mil anos escondido. O texto, escrito na antiga língua egípcia copta, é polêmico porque, ao contrário de outras fontes bíblicas que retratam Judas Iscariotes como um traidor, sugere que foi Jesus quem pediu para que Judas, seu amigo, o traísse perante as autoridades.
Fonte: Terra