8 de outubro de 2014

RENOVAÇÃO PLANETÁRIA

Ricardo Viana
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     Chegamos a um momento da humanidade em que os valores morais e éticos gritam por socorro, a necessidade de um despertar de consciência nunca foi tão imperiosa como nesse momento.
O Brasil, como terra de culturas e crenças diversas, encontra-se numa espécie de confusão ideológica. Como uma verdadeira separação entre o “joio e o trigo”, vemos hoje avolumar-se uma grande quantidade de violência, insensatez, vícios em geral e muita falta de espiritualidade. Em contra partida, encontramos também um volume cada vez maior de pessoas buscando uma religião, atuando em serviços voluntários, meditando e preocupando-se com o seu país e com o mundo.
As menções sobre uma época de transformação são ditas desde as mais remotas religiões e seus profetas, passando por Jesus e mais recentemente na própria doutrina espírita. Muitos a consideram como o período do fim do mundo, para outros é uma grande oportunidade de vencer seus próprios obstáculos e conquistar algo que conscientemente não se sabe, mas sente que o momento é único.
Jesus preconiza uma época em que povos se levantarão contra povos, fome e pestes se alastrariam, mas não seria ainda o fim - segundo Jesus - o fim estaria próximo apenas quando a “Boa Nova” fosse ensinada para todos os povos. João através do Apocalipse nos revela uma espécie de luta entre o bem e o mau, na qual o vencedor ganhará a “Nova Jerusalém”. Os maias antigos, com o seu calendário lunar profetizam uma época de escuridão que será substituída por uma “Era de Ouro” a partir de 2012 da nossa época. Outros povos como os egípcios, sumérios e as antigas ordens esotéricas,  fazem menções sobre uma época de transformações e renovação planetária.
A idéia de fim do mundo ficou marcada devido ao conceito errado envolvendo o “inferno” e a pouca compreensão da vida futura. O homem ainda presume que a matéria é o fator principal do universo e a idéia de mudanças climáticas e geológicas dá uma dimensão de sofrimento inimaginável.
Na parte final do apocalipse, João vê Jesus e seus anjos vindo juntamente com a “Nova Jerusalém” para a felicidade dos que venceram a grande batalha narrada no seu texto.
Muitos “cristãos” acreditam que a Nova Jerusalém estaria no Reino dos Céus e os vencedores seriam retirados desta terra, mas muitos esquecem que João estava em espírito, ou seja, estava fora de seu corpo, viu tudo por outro Plano. Além do mais, o próprio nome “Nova Jerusalém” pressupõe uma Jerusalém (Planeta) renovada.

Renovação planetária
Se não fosse assim, como justificar a promessa de Jesus no sermão do monte em que os pacíficos herdariam a terra e por que após a boa nova estar difundida para todos, o mundo acabaria?
A doutrina espírita, através da Gênese, codificada por Kardec, dentre tantas outras fontes, nos dá a noção exata do período que estamos passando.
Kardec nos diz no capítulo XVIII: “...Esse duplo progresso se cumpre de duas maneiras: uma lenta, gradual e insensível; a outra por mudanças mais bruscas, a cada uma das quais se opera um movimento ascensional mais rápido, que marca, por caracteres nítidos, os períodos progressivos da Humanidade. Esses movimentos, subordinados nos detalhes ao livre-arbítrio dos homens, são de alguma sorte fatais em seu conjunto, porque estão submetidos a leis, como aquelas que se operam na germinação, no crescimento e na maturidade das plantas; é por isso que o movimento progressivo, algumas vezes, é parcial, quer dizer, limitado a uma raça ou a uma nação, de outras vezes geral. O progresso da Humanidade se efetua, pois, em virtude de uma lei; ora, como todas as leis da Natureza são obra eterna da sabedoria e da presciência divina, tudo o que é efeito dessas leis é o resultado da vontade de Deus, não de uma vontade acidental e caprichosa, mas de uma vontade imutável. Quando, pois, a Humanidade está madura para vencer um degrau, pode-se dizer que os tempos marcados por Deus são chegados...”.
De forma acertada Kardec relaciona e compara a atual fase de transformação do Planeta que está subordinada a leis, ao processo de germinação e progresso de uma planta, ou seja, o amadurecimento da Humanidade. Talvez por isso Jesus afirma que o fim chegaria precedido pelo conhecimento da “Boa Nova” por todos os povos.

A nova ordem social
Ele continua dizendo: “...A fraternidade deve ser a pedra angular da nova ordem social; mas não há fraternidade real, sólida e efetiva, se ela não se apóia sobre uma base inabalável; esta base é a FÉ...”.  Continua: “...Para que os homens sejam felizes sobre a Terra, é necessário que ela não seja povoada senão por bons Espíritos, encarnados e desencarnados... Tendo chegado esse tempo, uma grande imigração se cumprirá entre aqueles que a habitam; aqueles que fazem o mal pelo mal, e que o sentimento do bem não toca, não sendo mais dignos da Terra transformada, dela serão excluídos, porque lhe trariam de novo a perturbação... Eles irão expiar o seu endurecimento, uns nos mundos inferiores, os outros entre raças terrestres atrasadas... Serão substituídos por Espíritos melhores, que farão reinar, entre eles, a justiça, a paz, a fraternidade... A Terra não deve ser transformada por um cataclismo que aniquilaria subitamente uma geração, a atual desaparecerá gradualmente, e a nova lhe sucederá do mesmo modo, sem que nada seja mudado na ordem natural das coisas...” A afirmação de Jesus, de que os mansos herdarão a Terra se justifica nessa passagem do livro da Gênese. Kardec nos explica como o processo de renovação ocorrerá, de forma natural e gradual, como alias, já está acontecendo.
Kardec termina o capítulo com a seguinte advertência: “Os incrédulos rirão dessas coisas, e a tratarão por quimeras; mas digam o que disserem, eles não escaparão à lei comum; cairão a seu turno, como os outros, e, então, o que será deles? Eles dizem: Nada! Mas viverão a despeito de si mesmos, e serão, um dia, forçados a abrir os olhos”.

Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, ed. 23.
Ao reproduzir o texto, favor citar o autor e a fonte.

ECOLOGIA ESPÍRITA

P -       Com que fim Deus concebeu a todos os seres vivos o instinto de coservação?
R -       "Porque todos devem colaborar nos desígnios da providência. Foi por isso que Deus lhes deu a necessidade de viver. Depois, a vida é necessária ao aperfeiçoamento dos seres; eles o sentem instintivamente, sem disso se aperceberem."                                         
Analisando a resposta dada pelos Espíritos à Kardec em "O Livro dos Espíritos", notamos que o Plano Espiritual tem tentado nos esclarecer sobre a importância da evolução dos seres que habitam nosso planeta.
Dentro desta temática podemos considerar de grande importância uma atual consciêntização ecológica na humanidade e porque não dizer, no meio espírita.
Segundo os dados da S.O.S Mata Atlântica - quando os primeiros colonizadores chegaram ao Brasil, a Mata Atlântica cobria cerca de 1,29 milhões de quilómetros quadrados, aproximadamente 15% do País, hoje esse numero é de apenas 8% de sua área original.
 

Dentre os fatores que auxiliam estes dados, estão as queimadas que devastam boa parte do meio ambiente brasileiro e mundial. Só nos últimos anos os estados de Roraima, Mato Grosso do Sul e Pará foram atingidos de forma extremamente violenta, com prejuízos para a fauna e flora incalculáveis.                                                                                                                            
Nos oceanos Planetários ainda reina a matança de baleias, golfinhos e tubarões. No Brasil o comércio clandestino de animais, chega à Barbaridade de contrabandear aves dentro de tubos de pvc's, sendo que de dez contrabandeado apenas um chega vivo ao seu destino e o buraco da camada de Ozônio nos últimos anos alcançou o tamanho da Antartida.
Segundo os Espíritos responsáveis pela codificação, a conservação é necessária para a evolução dos seres, essa evolução deve ser efetuado através de uma parceria entre os seres habitantes deste planeta. Nos é dito que a essência criada por Deus evoluí por todos os Reinos, desde o mineral passando pelo vegetal, animal e se individualiza no homem. Ora, dentro deste processo de evolução não podemos jamais esquecermos de nossos irmãos menores, pois mais dias ou menos dias eles também se tornarão indivíduos. Não podemos esquecer que sem a existência destes seres (toda a natureza) não haveria vida orgânica na superfície da Terra.
Há uma necessidade de uma consciência ecológica mais intensa nas nossas casas, escolas, centros espíritas e demais religiões, precisamos ver a matéria não com apego, como um doce que queremos degusta-lo o mais rápido possível e sim como um local de aprendizado, mais que uma casa, uma verdadeira mãe designada pelo Pai para nos acolher enquanto aprendemos as lições necessárias para a evolução.

O planeta passa por um período crítico de expurgo planetário, muitos estão percebendo esse momento dentro de seus corações, e sem explicação sentem-se amedrontados, tentando a todo o custo degustar o doce temendo perde-lo. Como buscar a Paz, Harmonia e Serenidade, quando não conseguimos ao menos cuidar da nossa própria morada? Como buscarmos comunicação com os Espíritos de Luz, se esquecemos dos nossos irmãos menores?
"Por isso caro amigo leitor, quando tiveres dentro do carro ou ônibus e for degustar a bala que tiras do bolso, lembre-se de não jogar o seu papel na rua, pois poderás ficar sem o doce chamado Planeta Terra."
RICARDO VIANA