2012-02-21 21:29
Análise do livro “A Vida Viaja na Luz”
Ao longo desta análise, deveriam ser colocados entre aspas os nomes dos Espíritos
citados, pelo fato de suas palavras e atitudes não nos convencerem da identidade a eles
atribuída. Entretanto, para facilitar a redação deste texto, deixamos de fazê-lo.
Esse Espírito, que se fez passar pelo Dr. Inácio Ferreira, depois de achincalhar a
mediunidade, de atacar os espíritas, de inventar materialização a partir de ectoplasma
haurido de um cadáver de um bêbado, de inventar reencarnação no Mundo Espiritual, de
usar uma linguagem absolutamente incompatível com a sobriedade, a dignidade e a nobreza
da Doutrina Espírita, agora coloca-se, em linguajar bem mais moderado, como defensor
do Chico, esquecido de que no livro “Chico Xavier Responde” colocou na boca do
médium uma clara defesa ao aborto.
- É uma tentativa de lançar ao descrédito toda a mensagem dele, via mediúnica.
Veja: contestam alguns livros de sua lavra psicográfica – tendo o visível intuito de que não
sejam admitidos por complemento da Codificação... (22)
Se esse Espírito fosse realmente o ilustre Dr. Inácio Ferreira, deveria valorizar a obra
do médium Chico Xavier, estudando e desdobrando as teses apresentadas por André
Luiz, que se apresentam como um desdobramento da Codificação. Mas, numa tentativa de
valorizar o trabalho equivocado do médium que lhe serve de instrumento, primeiro defende
a tese de que Chico Xavier foi Kardec, e agora apresenta-se como médium de Chico,
logo, do próprio Kardec, que viria complementar sua obra.
Quem estuda a obra de André Luiz tem uma visão clara de como se organiza a vida
no Mundo Espiritual. O Dr. Inácio nunca se refere à bela organização delineada na comunidade
“Nosso Lar” e noutras colônias, em que são ressaltados os valores espirituais, a
vivência evangélica, a ordem, a seriedade, o merecimento, a obediência.
Os textos do livro serão transcritos em negrito. As páginas, entre parênteses.
- No outro dia, bem cedo, na companhia de Modesta e Manoel Roberto, fui
ver, nas imediações do Hospital, uma chácara que conseguíramos em regime de
comodato, para a realização de velho sonho. (25)
- O Hospital dos médiuns será a instituição mantenedora da Sociedade
Protetora dos Animais “Francisco de Assis”!
– Uma Sociedade Protetora dos Animais no Além! (27)
- O Hospital dos Médiuns, do ponto de vista jurídico, responderá pela Sociedade
“Francisco de Assis”. (30)
O Dr. Inácio, em seu consultório, encontrou sobre sua mesa uma carta confidencial
de Chico Xavier, como se houvesse lá um serviço postal. (33-35)
Essa, uma das inúmeras tentativas que faz no sentido de tornar a vida espiritual
semelhante à vivida na Terra, numa tentativa clara de minimizar as revelações de André
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Luiz. Depois, recebe um homem que havia sido condenado a 200 anos de prisão no Mundo
Espiritual, e que havia obtido licença do juiz para uma consulta.:
- Jamais poderia supor que, na Vida de Além-Túmulo, a justiça funcionasse
como funciona na Terra. Assim que me vi fora do corpo, deram-me voz de
prisão e fui para uma penitenciária, onde fiquei aguardando julgamento. (49)
Observe-se a continuação do relato do madeireiro desencarnado:
-Conforme lhe disse, assim que me vi fora do corpo – tive oportunidade
de ver meu corpo imóvel, caído no banheiro de uma das minhas propriedades -,
dois detetives se aproximaram e me perguntaram se eu era o dono daquelas
propriedades e da serraria.
- Os detetives pronunciaram o meu nome completo. Noutras circunstâncias,
como fugi inúmeras vezes, eu teria fugido, mas... Eu tinha inúmeros contatos
na polícia,Doutor! (50)
- Conforme lhe disse, deram-me voz de prisão e me algemaram.
- E você foi algemado?
- Conduzido na viatura?
-Levaram-me para o presídio. Tiraram-me as algemas, um médico me examinou
e prescreveu alguns medicamentos. Devo ter dormido uns quatro ou
cinco dias seguidos... (51)
A estória prossegue, dando-nos a impressão de que o Dr. Inácio tornou-se um novelista...
Mais adiante, diz que foi a Uberaba e, tendo materializado um ouvido e
um olho (por que?), ouviu umas conversas de espíritas e presenciou algumas
cenas triviais, cuja descrição, como muitas outras, serve apenas para encher
páginas de livros. (58)
Lecionando bons costumes, diz de leu nos jornais (sic) da localidade onde habita:
- Você leu, nos jornais, a lei que foi aprovada recentemente? – Quem for
pego jogando papel no chão, ou cuspindo, além de ser multado, será condenado
a um mês de serviços comunitários! (60)
Difícil de comentar é a afirmativa da possibilidade de afogamento seguido de morte
na colônia “Nosso Lar”. Depois da morte, o sepultamento, ou a cremação
- Será que, sem saber nadar, se algum de nós cair nas águas do Rio Azul,
poderá se afogar e morrer? Doutor, se o corpo espiritual é dotado de sistema
pulmonar e tudo mais, se continuamos a inflar os pulmões de oxigênio, a resposta
é lógica: sim, poderá se afogar e morrer ! (87)
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E não só morre, mas é enterrado ou cremado...
- Morre e é enterrado! Vai para o cemitério, ou, como neste Outro Lado, é
mais comum, para o forno crematório! (119)
Mas como pode haver desencarnação se não há carne? Apesar do absurdo, o Dr.
Inácio prossegue no seu raciocínio falacioso, aproveitando para reafirmar sua tese da reencarnação
no Mundo Espiritual:
-Minha gente, reflita comigo. Se do Lado de Cá se morre, ou seja, desencarna-
se, o que impede que também se reencarne? (119)
Paulo, na sua Primeira Carta aos Coríntios (15: 40), faz distinção entre corpo carnal
e corpo espiritual, demonstrando que este sobrevive à morte: “E há corpos celestes e corpos
terrestres (...)”. Mas, O Dr. Inácio cita a passagem apenas pela metade, tentando
confundir o leitor:
- “ ... também há corpos celestiais”! (121)
Continuando na sua campanha de disseminar descontentamento no meio espírita,
faz acusações, como se houvesse algum órgão censor:
- Sim. Sob o pretexto, por exemplo, de pureza doutrinária, em substituição
à fraternidade, a intolerância vem sendo adotada. Estamos quase a repetir
os erros cometidos pela Igreja, no campo da censura às novas ideias com o cerceamento
da liberdade de expressão. (133)
Logo adiante, o Dr. Odilon afirma justamente o contrário, ou estará fazendo um
mea culpa em nome do Dr. Inácio e advertindo o seu médium?:
- É sumamente desagradável falarmos, mas os médiuns, notadamente os
psicógrafos, deveriam ser mais comedidos. Nem todo médium nasceu para escrever
sob a inspiração dos espíritos. Em consequência, pressionados pelas editoras,
os médiuns perdem todo o critério de avaliação quanto ao que se refere à
conveniência ou não de se publicar esta ou aquela obra de sua coautoria. (137)
No cap. 19, o Dr. Inácio faz uma interpretação curiosa da Parábola do Filho Pródigo,
na qual se aventura como teólogo e produz afirmativas como esta, em que nega a
encarnação como necessidade evolutiva, quando diz que só depois de o filho ter deixado a
casa paterna é que necessitou da reencarnação (será esta uma nova versão da “queda
dos anjos”?):
- Em tradução metafísica, deixando o Plano Etéreo, ele reencarna! Mergulha,
de cabeça, na experiência da reencarnação! Até então, ele não possuía
carma, estava isento! (158)
Note-se como é “terreno” o plano espiritual em que o Dr. Inácio se situa:
- Meu caro, por onde é que você andava? – perguntei ao Cássio.
- Por aí, Doutor.
- O que está fazendo agora?
- Lecionando e cuidando da Clínica.
- Você abriu uma clínica por aqui? (178)
Na obra “Nosso Lar” há uma observação de Lísias a André Luiz, no sentido de serem
evitados comentários que não sejam construtivos. No livro “Fundação Emmanuel”, o
Dr Inácio faz referência a um jornal, intitulado “Resenha”, que circularia naquela região,
levando comentários feitos na Terra. Ao tomar conhecimento de apreciações que lhe foram
desagradáveis, o Dr. Inácio dá uma banana aos espíritas que não concordam com
suas teses. No livro em estudo, há uma afirmação equivocada, afirmando a existência de
imprensa na colônia “Nosso Lar”, o que não é verdade:
- A lembrança de Altiva é interessante, Inácio- falou Modesta -, o pessoal
que lê a obra “Nosso Lar” pouco comenta sobre a Imprensa no Mundo Espiritual.
(179)
O Dr. Inácio, sempre diminuindo o valor dos espíritas, e dando-se importância...
- Ultimamente, muitos espíritas recém-desencarnados marcam consulta
comigo. Não que estejam propriamente doentes, mas desejam ajustar certas
ideias em conflito com a realidade da Vida, ante a qual se deparam na existência
de Além-Túmulo. (184)
Esse Espírito, que se diz Dr. Inácio, moderou um tanto os ataques aos espíritas e as
piadas que fazia em seus livros anteriores, mas não as deixou de todo, como se vê nesses
diálogos que diz ter tido com um espírita recém-desencarnado:
- Você não podia: sorrir era contra a pureza doutrinária! Aliás, para muitos
espíritas, fumar é mais contra a pureza da Doutrina do que contra a pureza
dos pulmões!
O amigo agora passou a rir sonoramente.
- Eu mesmo, Doutor – ponderou -, já combati muito o hábito de se comer
carne... Chego a este Outro Lado e percebo que certos espíritos...
- Espíritos , não – homens! – consertei.
- Correto. Percebo que muitos homens estão se desabituando aos poucos...
(189)
Prosseguindo a conversa, passou a entrevistar o Espírito:
- Você é espírita?
- Sim, há mais de 40 anos...
- Desencarnou, e daí?
- Não aconteceu absolutamente nada. Estou na mesma
- Não volitou?
- Mal me arrastei e estou me arrastando...
- Come e dorme?
- E bebo água!
- Faz sexo?
- Faço!
- Com o que?
- Doutor, o senhor é louco!
- Responda.
- Com as coisas, ué!
- Você é espírito vampiro?
-Não, eu sou normal.
- Então, você faz sexo é com desencarnado?
- É! Pensou o quê? Eu não sou íncubo...
- Tem orgasmo?...
Bem, desculpem-me, mas o restante da entrevista é proibido para menores
e não quero poluir a cabeça desse nosso pessoal beato, que considera pecado
ter orgasmo num só lado da Vida, quanto mais nos Dois! (190-191)
Numa entrevista concedida a um jornal (sic) da colônia espiritual onde se encontrava,
o Dr. Inácio declara algo inusitado, como o fato de um Espírito desencarnado normalmente
não se lembrar de sua última encarnação:
-Se estamos vindo da Terra – de sua contraparte mais materializada -,
por que não nos lembramos?
- Pela mesma razão que, ao reencarnar, o espírito não se recorda de onde
vem! (202)
Imaginemos a confusão que causa em alguém que se está iniciando no Espiritismo,
ao ter conhecimento de que um Espírito, que se diz médico e orientador de grupos espirituais,
se apresente resfriado, com o nariz escorrendo:
Percebendo que eu estava com o nariz escorrendo, o companheiro me
perguntou:
- O senhor se resfriou?
- Não sei – respondi - se é a “suína”, com a qual o pessoal anda preocupado
lá embaixo, mas estou todo entupido, a cabeça pesada, respirando mal...
(209)
- Logo pela manhã daquela quinta-feira, depois de me ter afastado do
consultório por três dias consecutivos, a fim de me recuperar de um forte resfriado,
Nelson compareceu para mais uma consulta. (227)
- Em toda a obra de André Luiz não há nem um relato de doença em Espíritos trabalhadores
do Bem. O Dr. Inácio apresenta essa novidade.
A informação abaixo é errada, pois “Nosso Lar” é apenas uma das milhares de cidades
espirituais. De fato, não se pode fazer paralelo com a paródia apresentada na obra:
-A referida colônia é uma organização sui generis ! Não se tem paralelo a
respeito em nenhuma outra obra de cunho espiritualista, transmitida para a
Terra mediunicamente. (213)
O capítulo 28 é dedicado a uma crítica ao Movimento Espírita Unificado, e aos espíritas
em geral. Depois de muito se queixar do trabalho que tem como Diretor-Médico de
um hospital, recusa-se a filiá-lo a uma entidade de unificação existente no Mundo Espiritual.
Seu interlocutor, buscando aproximar-se do Dr. Inácio, se declara, também ele, maçom
(sic). Imaginando que seu interlocutor falasse em intervenção no hospital, o Dr. Inácio,
não perdeu a oportunidade para uma bravata:
-Não é meu receio, porque, primeiro, vocês teriam que passar por cima de
mim. Enquanto eu estiver na direção deste nosocômio, exceto Jesus e os Maiores
que nos orientam, ninguém se intromete. Nesse sentido, se fosse o caso,
não hesitaria em recorrer aos préstimos de um bom advogado! (240)
Parece que o Dr. Inácio quer materializar o Mundo Espiritual a ponto de torná-lo inverossímil...
Finalmente, depois de muita conversa, o Dr. Inácio sai-se com esta, como se
circulasse dinheiro no Mundo Espiritual:
Vocês podem contar conosco, inclusive, se for o caso, com dinheiro para
as promoções em pauta, mas não nos filiaremos. (243)
E continua com seus ataques à Unificação:
Quase me arrisquei a dizer que nos moldes com que vem sendo conduzido,
o Movimento de Unificação é mais prejudicial do que útil ao Espiritismo.
(244)
Usa todo o capítulo 29 para descrever uma conversa informal com a cozinheira do
sanatório, o que dá ao leitor ideia de que o hospital está no plano físico... Além do mais,
diz que a cozinheira chegara com a criança pela mão, com fome! Não é isso que se aprende
com André Luiz, notadamente nas obras “Entre a Terra e o Ceu” e “Libertação”,
relativamente a crianças desencarnadas.
- Lembra-se de como cheguei aqui, trazendo o Benedito pela mão? Medrosa
e retraída feito uma cadelinha assustada... O senhor me olhou, brincou
com o Benedito, perguntou se estávamos com fome e nos trouxe justamente
para cá, a Cozinha – o senhor mesmo fez o prato do Benedito!...
-... que comeu feito um leão!
-Estávamos com fome, Doutor. A maioria das pessoas não sabe o que é
passar fome e chegar escorraçada do mundo... (260)
Algo que não encontra explicação no livro é o fato de o Dr. Inácio receber cartas de
encarnados e de desencarnados, como essa que ele responde abaixo:
“Confesso que as suas obras muito me têm auxiliado a entender o que
André Luiz escreveu através de Chico Xavier. (...) E o senhor é o único espírito a
defender a obra mediúnica de Chico Xavier – Não generalizando, a maioria não
diz uma única palavra, a não ser para exaltar a si mesma! Receba meu abraço e
bola para a frente!” (264 - 265)
Respondendo a carta recebida, ataca médiuns e o Movimento Unificador:
- O Espiritismo, meu amigo, para muita gente, hoje virou meio de vida. A
inquisição que os “cardeais” do movimento vêm fazendo aos novos médiuns, no
fundo, é luta pelo poder e – pasme! – pelo vil metal! Muitos deles, sem que percebam,
estão sendo usados pelos lobos disfarçados de ovelhas... (268)
Mais adiante, continuando a resposta à “carta” que recebera, faz uma defesa
da obra mediúnica de Chico Xavier, como se aquela que ele recebeu quando
encarnado, como médium, estivesse sendo contestada. Mas a defesa que ele
faz é dessas obras pretensamente atribuídas ao Chico desencarnado, recebidas
por Baccelli, materializadas em aberrações como “Chico Xavier Responde”:
Mas, antes do ponto-final, preciso lhe dizer mais uma coisa: não duvide
de que, no próprio meio espírita, haja uma conspiração contra as obras mediúnicas
da lavra de Chico Xavier! (270)
No final de sua resposta, retoma aquele linguajar rasteiro dos seus primeiros livros:
- Seja você mesmo e, conforme disse, ”bola para a frente”! Permita-me
apenas pluralizar a palavra “bola”, concitando-o a ser digno representante dos
que, sem serem machistas, são machos o suficiente para dizerem o que pensam.
P.S: No que se refere à coragem do testemunho e verdadeiro amor à Causa,
não posso deixar de reconhecer que, por seus ovários, muitas mulheres possuem
mais “bolas” do que muitos homens! (271)
Depois de falar, noutras obras, em reencarnação no Mundo Espiritual, Dr.
Inácio agora tenta amenizar a tese, misturando reencarnação com materialização,
argumentando com o que relata André Luiz em “Nosso Lar” e em “Libertação”:
- Em suas bases o fenômeno é o mesmo; o que difere é o processo... daí,
em passant, nós podermos conjeturar em torno da reencarnação nos diferentes
planos espirituais da Vida, sem que, para tanto, o sexo concorra, nos padrões
com que concorre na Terra, noutros mundos e dimensões. (287)
No cap. 36 há uma curiosa carta que Chico, desencarnado, teria dirigido
ao Dr. Inácio. Sempre a tentativa do Dr. Inácio de “materializar” o Mundo Espiritual.
(314)
Sempre atacando e ridicularizando os espíritas que estudam e que seguem uma linha
moral :
- Os ortodoxos, no campo da Filosofia Espírita, estão impedindo o nosso
povo de pensar – estão cometendo um crime! Essa turma de clérigos reencarnados,
que se cansou de ajoelhar, mas não de ter os outros ajoelhados diante
de si, acha que a Lei de Causa e Efeito funciona sozinha! Se fosse assim, também
a Lei da Reencarnação também funcionaria – não haveria necessidade
nem de relação sexual! O espermatozóide – eu não sei por que orifício -, sairia
sozinho perguntando em cada esquina: - “Vocês viram um óvulo dando sopa
por aí?...” Ora, não façam pouco da minha já tão pouca inteligência...
- Os espíritas precisam mesmo atualizar sua concepção de vida além da
morte! (319)
Noutra tentativa de “materializar” a Vida Espiritual, fala de força policial no Além,
que viria à Terra aprisionar Espíritos:
- Iremos, mas vou entrar em contato com o Dr. Elpídio, amigo meu e Delegado
de Polícia, para que providencie um destacamento policial. Aquelas entidades
necessitam ser presas! (319)
- Conforme combinado, Odilon veio me encontrar no hospital e, em companhia
de Elpídio, previamente contatado por mim e mais três detetives sob o
seu comando, partimos em direção à Crosta (324)
- Enquanto “descíamos”, fomos, naturalmente, integrando-nos no ambiente,
de tal maneira a sermos identificados na condição de entidades recémdesencarnadas.
Inalando fluidos menos rarefeitos, na atmosfera da Terra, pro10
movemos relativa condensação em nossos corpos espirituais e, então, confundimo-
nos com os transeuntes da cidade que visitávamos. (324)
“Confundimo-nos com os transeuntes”. Então materializaram-se, como disse no livro
“Por Amor ao Ideal”, referindo-se a Edgar Alan Poe, que se teria materializado com o
ectoplasma do cadáver de um bêbado e teria andado pelas ruas de Uberaba, a fim de
consultar-se, como se fosse um paciente encarnado. Se é assim como fala o Dr. Inácio,
fica difícil saber se estamos vendo um Espírito encarnado ou um desencarnado materializado!
Afinal, trata-se de um trabalho grosseiro, emanado de um Espírito que pretende informar
equivocadamente aqueles que estão se interessando pelo Espiritismo, ao tempo
que conta com a falta de cuidado daqueles que, conhecendo a Doutrina, nada fazem para
coibir sua ação nefasta.
José Passini